Andança que logo no inicio se fez de passadas largas à galope.
Andanças que vi subir nos fios das minhas pernas uma energia telúrica que alimentava meu ventre inferior, enchendo-os de micro pulsações elétricas que enchiam de sangue e vida espaços intra-musculares, lares de novos lares de possibilidades que se abriam junto à digestão dos alimentos vindos do alto céu da boca.
Andança que de tanta, não se aguentou e começou a dançar, batendo o pé no chão pra devolver a energia gerida no ventre da nave ambulante.
Dança geringonça! E o corpo ósseo saculejava e ejetava o suor de liquido que fora pensamento ou mero cansaço. O cansaço ia dos pés pra fora.
Hoje o chão andou pelos pés do dia. Dia que primeiro abriu os dedos e voltou-os para dentro da meia. A meia cabia o dia inteiro, úmido que não choveu, mas dançou no vento e no ventre do sapato se escondeu, mas bateu no chão o dia mais pisado do sapato.
Hoje o dia dança em mim, e o corpo descansa enfim, em paz.
viva Jesus
2.4.10
3:38
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