sexta-feira, 19 de junho de 2009

VERBOMAGÍA


A dádiva da vida. Dever de ver o inicio em cada intenção. Ver a força de vontade de elevar dor à mais um andar pela avenida de mãos únicas, atadas e abertas ao toque do pensamento. Calma, muita calma para esse espaço preenchido e pouco aproveitado ainda, embora quando ser colo, embola em seus passos. Pois o marca passo é quem dita o volume da canção. Se cansou, é de não ver o corpo interno, pois mesmo na calma da noiva há ainda muita ebulição. Cada face é uma lição, cada colo uma escola, cada estudo um tudo novo denovo. Devida vida não deve dúvidas. Ávida vida de ver gente. Diverge em cada esquina, diverte em cada verbo. Verbomágica vida que é só ato imediato...

sábado, 6 de junho de 2009

. O NOVO SOM

Depois de um dia repleto de sons melódicos e formas ritmicas
a noite chega com sua natureza etérica e lunar.
Na hora do relaxamento corporal
o pensamento vai se soltando e pipocando
a colheita de sons aleatorios e repetitivos
em frases desconexas e perdidas.
O sono vem sonar
O trono vem lunar
O sonho vem somar à desdobra da linha imagética
o simbolo e o sabor do som
ganha saber do Soma
O som vem soar...
A sombra se revela no momento do
Acorde!
A corda do olho sonda o sonho sonado na sombra sem fim
até que o sinal solar dissipa e dispersa
o Novo dia
Era nova,
a velha arquitetura que andarilhei
em busca dos sons
vendados pelos simbolos
velados pelo dia.
10.2.09

sexta-feira, 5 de junho de 2009




ALI MENTE

Alimento dentro
Ali dentro entre
A lingua e o ventre
Entretendo a mente

O estômago todo
É um lago de lodo
Um líquido louco
Liquidando o caroço

Intestino fino e grosso
Tubo de longo trajeto
Atravessa o traje de osso
Sai da curva, desce ao reto

O corpo decifa o alimento
E reconstrói a sua obra
No campo do pensamento
Em jogo de luz e sobra



5.6.09

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Estar em qualquer lugar. Qual lugar quer estar? A um lugar de cabelos ao ar. Alugar um momento sem ponto de partida, corrente de estações. Aqui começa um trecho, um trecho do texto. Um pretexto. Não pretendo escapar, tento estar nesse pequeno ponto de chegada. Relativo-me e relaciono meu caminho com quem tocar minha linha de passagem. Um canto certamente pode ocorre se abrir-se espaço para pouso de contento. O contexto dita o caráter. O meu, eu dou para quem me der um momento, senão eu dou para estar à espreita do canto onde der colhimento acolhido ou uma colher de matar fome de fonema. Pois o Verbo ganhou som e habitou o ar, e a Idéia ganhou veia e vestiu a meia para sair da solidão, proclamo a solidão e o mundo responde em eco. Eu e minhas metáforas vamos passear no seio do simbolo sonâmbulo para comunicar a corda do sonho, é tudo verdade em comum. O estranho quer ser comum, converge-se então em entendimento talhado na batalha do olhar. Pra que fazer guerra aos semelhantes? Os estranhos sinais causam amargura. Agora ama-os. Amor-cura e levanta os olhos para ver o novo no velho olhar!

1.6.09

CANTINHO


Lua nova e nobre

No breu da solitude

Armada com ciência de afeto.

Feito brisa de areia,

Tem cor de riqueza


Amada consciencia!


Quero querer para poder

Podar o que já foi

e fazer lua crescer

no cantinho do caminho.


Ó vida lavadeira desaguas,

Tu me cria pra crer-te

Crua como fruo.





26.5.09