sábado, 3 de novembro de 2012
Relato de um contato-improvisado
Vou pra dentro de mim e procuro ver eu e o outro.
Aí vou mexendo, mudando a organização, movendo-me a
partir de dentro. Pesquisando o que sinto, constatando
onde me prendo, me seguro.
Quero é ter consciencia das coisas que me chicletam,
olhar pra elas e tomar alguma atitude responsável, sem
culpabilidade.
No caminho encontrei alguem que me tocou. Seu toque me
emocionou profundamente. Sem nem dar nome. Quando dei
por agora já era pegar ou largar.
Resolvi largar-me. Resolvi alargar meu ato. Ser um
passo, um gesto, um jeito mais espaçado no ambiente e
mais ambientado no espaço. Mais radicalizado na minhas
questões. Pois o legal mesmo é a pergunta. O encontro
suscitou em mim umas incertezas urgentes:
Onde é meu corpo?
Onde piso sentindo seguro, firme e equilibrado?
Onde já sou outro?
Aquele ponto supenso no ar, de sentimento que não se
completa, que ainda não pode dar-se ao complemento de
se expressar e de se colocar no mundo.
Eu ando então no sentido de seguir.
Não chega nem a ser uma dança, tanto é o espanto no
desvelamento do movimento.
O contato-improvisação aí ganha uma qualidade
terapeutica. Sou no movimento ao mesmo tempo em que no
meu pensamento as formas breves e os fins conclusivos
são: devires do porvir.
Eu danço com a constatação de que pra onde vou é
diferente de pra onde iria, estando eu com o outro.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Passaporte Pra Paz by lelefloresta
Passaporte Pra Paz by lelefloresta
Musica e Letra: Leandro Floresta
Voz, Violão, Violão com som de baixo e Violão com som de guitarra: Leandro Floresta
gravado no Zoom H4n no meu cafofo em 2010.
Musica e Letra: Leandro Floresta
Voz, Violão, Violão com som de baixo e Violão com som de guitarra: Leandro Floresta
gravado no Zoom H4n no meu cafofo em 2010.
domingo, 30 de maio de 2010
SOZINHO
Sinos ecoam no silêncio da alta madrugada no alto do meu corpo.
Cá estou esticando meu cais...
...é caos total no zumbido do som!
mas é tambem uma confiança nessa ordem que me vem inteira!
É o balanço da trasposição dos polos
É o trasporte das cargas córregas
Escorregam de um lado ao outro buscando suprirem-se ao exaurirem suas faces na face de cada um:
O toque que se deixa e se silencia.
E fica só sino...
Cá estou esticando meu cais...
...é caos total no zumbido do som!
mas é tambem uma confiança nessa ordem que me vem inteira!
É o balanço da trasposição dos polos
É o trasporte das cargas córregas
Escorregam de um lado ao outro buscando suprirem-se ao exaurirem suas faces na face de cada um:
O toque que se deixa e se silencia.
E fica só sino...
30.05.10
4:35
Viva São João vivo
sexta-feira, 16 de abril de 2010
sexta-feira, 2 de abril de 2010
ANDANÇA
Hoje o dia andou pelo chão em meus pés. Dia primeiro de abril, ariano, simbólico, quinta-feira santa em meus pés. Chibatadas de sola no solo da mãe, morada da andança.
Andança que logo no inicio se fez de passadas largas à galope.
Andanças que vi subir nos fios das minhas pernas uma energia telúrica que alimentava meu ventre inferior, enchendo-os de micro pulsações elétricas que enchiam de sangue e vida espaços intra-musculares, lares de novos lares de possibilidades que se abriam junto à digestão dos alimentos vindos do alto céu da boca.
Andança que de tanta, não se aguentou e começou a dançar, batendo o pé no chão pra devolver a energia gerida no ventre da nave ambulante.
Dança geringonça! E o corpo ósseo saculejava e ejetava o suor de liquido que fora pensamento ou mero cansaço. O cansaço ia dos pés pra fora.
Hoje o chão andou pelos pés do dia. Dia que primeiro abriu os dedos e voltou-os para dentro da meia. A meia cabia o dia inteiro, úmido que não choveu, mas dançou no vento e no ventre do sapato se escondeu, mas bateu no chão o dia mais pisado do sapato.
Hoje o dia dança em mim, e o corpo descansa enfim, em paz.
Andança que logo no inicio se fez de passadas largas à galope.
Andanças que vi subir nos fios das minhas pernas uma energia telúrica que alimentava meu ventre inferior, enchendo-os de micro pulsações elétricas que enchiam de sangue e vida espaços intra-musculares, lares de novos lares de possibilidades que se abriam junto à digestão dos alimentos vindos do alto céu da boca.
Andança que de tanta, não se aguentou e começou a dançar, batendo o pé no chão pra devolver a energia gerida no ventre da nave ambulante.
Dança geringonça! E o corpo ósseo saculejava e ejetava o suor de liquido que fora pensamento ou mero cansaço. O cansaço ia dos pés pra fora.
Hoje o chão andou pelos pés do dia. Dia que primeiro abriu os dedos e voltou-os para dentro da meia. A meia cabia o dia inteiro, úmido que não choveu, mas dançou no vento e no ventre do sapato se escondeu, mas bateu no chão o dia mais pisado do sapato.
Hoje o dia dança em mim, e o corpo descansa enfim, em paz.
viva Jesus
2.4.10
3:38
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
ELO
ELO
Pra que querer com comparação?
Luz e ação, alumina...
Amor é aluminio
Amor é plastico, elástico, fantástico
composto sólido soluvel em agua mansa.
Amor é liquido, escorre e escora a vida na mão de cada
um,
liquida-se na palma da posse
e no osso é alma.
Tem tempo que passa!
mas passa de mão em mão.
Ah!!!!
O amor também livra a palavra do livro
é livre da boca pra fora.
Junta tudo no eco, bate na pedra e volta amarelo, elo.
Pode ser lógico, a linha e o linho bordado
mas não se espante se for abordado pela mágica!!!
Pois no nó cego tem ponto de contato
com tato e com paladar
mas loucura é ser sem sentido.
Sinto, logo sou. Meu tempo é logo!
Lego amor. Monta o corpo e quebra cabeça.
Ligou?
Então... liga ele e ela no elo do amor,
larga e alarga
pa pa pa paz
p/ Tono e sua trupe
Araras
5.9.09
segunda-feira, 13 de julho de 2009
OUVIROUSER (ouvir o ser)
Por que me preocupar tanto com o vir a ser? Coração abra essa porta e pouco importa se é pra sofrer. Entra a vida mesmo. A chuva e os prazeres, as luzes e os sabores. Aprendendo então a afirmar a personalidade, descanso a vigilância da maldade escondida atrás da intenção. Deixa vir o ser velado, atenção no passar e o peso abaixo do pé, no pó da terra. Seja feita a vossa vontade, assim sendo, seja afeto a minha bondade. Afeto com cada gota percebida e moldada na luz de conhecimento, e cada estranheza densa, o macarrão me ensina a processar fibras de trigo em canos de descarga. Vai saindo de mim o peso do nome e vamos entrando na esfera do verbo. Agir é criar. Comumente dou mão pro vazio e me preencho de amor. Essa voz da experiência que chama e que inflama e que sublima ferro e som e carne em movimento.
23:20
11.7.09
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